Illustration: Ann Kiernan for GIJN
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 4: Desaparecimentos forçados
Leia este artigo em
Guia Guia Recursos
Guia de Investigação do Crime Organizado
Capítulo Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Introdução e Índice
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 1: Lavagem de dinheiro
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 2: Tráfico de drogas
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 3: Cibercrime
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 4: Desaparecimentos forçados
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 5: Tráfico Humano
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 6: Tráfico de Armas
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 7: Crimes Ambientais
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 8: Tráfico de Antiguidades
Capítulo Guia Recursos
Investigando o Crime Organizado – Capítulo 9: Estados mafiosos e cleptocracias
Este capítulo enfoca desaparecimentos forçados e é escrito por Marcela Turati, jornalista investigativa que cobriu a guerra às drogas no México e é membro fundadora do projeto de reportagem Quinto Elemento Lab.
Em um dos primeiros episódios da série de TV “Breaking Bad”, dois dos personagens principais dissolvem um cadáver em uma banheira cheia de ácido. Esta cena perturbadora descreve os obstáculos que esses produtores de metanfetamina precisam superar para se livrar de um corpo, mas, no final das contas, o experimento é tão bem-sucedido que eles o repetem em episódios posteriores.
Enquanto na Netflix esse detalhe horrível é usado para efeitos dramáticos, esses personagens estão usando uma ferramenta que tem sido usada por forças de segurança e gangues do crime organizado, um crime que viola vários direitos humanos, mas que ainda assim se espalhou como prática em todo o mundo: o desaparecimento de pessoas.
No início, os desaparecimentos forçados foram usados em guerras como uma técnica para evitar que cadáveres de inimigos fossem devolvidos à sua terra natal, por regimes autoritários como uma tática brutal de contra-insurgência (como visto em toda a América Latina na década de 1970), ou para instalar o terror entre as pessoas consideradas inimigas em uma guerra civil (com os exemplos mais conhecidos disso ocorrendo na Espanha, Bósnia e Herzegovina, Ruanda, Síria e Iraque). Essa prática foi refinada por grupos do crime organizado.
Problema global
A investigação de um desaparecimento começa quando uma pessoa desaparece ou quando um corpo não identificado é descoberto.
O desaparecimento de pessoas beneficia os criminosos de várias maneiras: complica consideravelmente qualquer investigação, as vítimas – mortas ou vivas – permanecem escondidas a maior parte do tempo; e pode ser misturado ou confundido com outros crimes, como sequestro, rapto de crianças, tráfico de seres humanos, recrutamento forçado ou assassinato.
Conforme demonstrado em países como México e Guatemala, os mesmos agentes que aplicaram métodos ilícitos de contra-insurgência ou terrorismo estatal, mais tarde treinaram organizações criminosas em tortura, assassinato ou desaparecimento de pessoas.
Também há evidências de que em países com altos níveis de impunidade e corrupção, os perpetradores são protegidos e os agentes do Estado são cúmplices desses desaparecimentos, quando não são os próprios agentes que cometem os crimes. Os narcóticos e o dinheiro sujo também complicam a situação. “A ascensão da indústria de narcóticos ilegais na América do Sul e Central produziu uma combinação tóxica de cartéis de drogas, grupos paramilitares de direita e de esquerda e forças de segurança pesadas”, concluiu um relatório recente da Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICMP). “Em todos os casos, isso resultou em uma epidemia de intimidação, assassinato e desaparecimento”.
De acordo com as Nações Unidas, centenas de milhares de pessoas desapareceram durante conflitos ou períodos de repressão em pelo menos 85 países ao redor do mundo. Mas como muitos países não divulgam estatísticas sobre esse crime e não há uma definição globalmente aceita dele, é impossível estimar com precisão quantas pessoas desaparecem a cada ano. Por exemplo, alguns países contam apenas as vítimas de desaparecimento forçado cometido por agentes do governo, outros contabilizam qualquer desaparecimento relacionado à violência e outros incluem todas as pessoas cujo paradeiro é desconhecido por qualquer motivo, como guerra, migração ou desastres naturais.
Além do impacto pessoal e emocional devastador para os familiares dos desaparecidos, há implicações econômicas também. Um estudo australiano estima que cada pessoa desaparecida custa à sua comunidade o equivalente a US$ 1.770 – um valor que inclui os custos de busca, perda de renda enquanto os membros da família procuram, custos de saúde e legais.
Os métodos de desaparecimento de pessoas variam amplamente e dependem de vários contextos. Em lugares como a Venezuela ou a Índia, sabe-se que pessoas que trabalham na mineração ilícita desapareceram; nas Filipinas, aconteceu com pessoas que o governo considera delinquentes ou traficantes de drogas; no México, podem ser pessoas apanhadas no meio de disputas territoriais de grupos criminosos; crianças vietnamitas podem desaparecer dentro de redes de contrabando com destino à Europa; alguns pescadores forçados a trabalho escravo na indústria tailandesa de frutos do mar nunca mais são vistos; e a máfia italiana dissolveu algumas vítimas em ácido.
Os criminosos desaparecem com pessoas por diferentes motivos: para punir supostos inimigos, prejudicar pessoas que poderiam atrapalhar os negócios, aterrorizar comunidades (controlando assim pessoas e territórios) e enviar uma mensagem sobre a propriedade de um lugar, rota comercial ou mercado. Também é usado para ocultar assassinatos removendo o corpus delicti (corpo da vítima – e evidência de um crime), evitando assim a atenção indesejada da polícia.
O desaparecimento forçado é um crime que nunca termina: continua até que a vítima reapareça, viva ou morta. A incerteza de não saber o paradeiro da vítima tem uma força destrutiva e constitui uma tortura constante para quem procura essa pessoa. Essa incerteza pode roubar-lhes a saúde, as economias, os laços sociais, a estabilidade, os planos de vida e o bem-estar emocional e psicológico. Além da família, um desaparecimento afeta outras pessoas de quem a vítima era próxima e atinge toda a comunidade. Além de tudo isso, a impunidade adiciona uma fonte constante de revitimização.
Nenhum método de jornalismo investigativo pode ser aplicado a esses crimes, porque cada grupo criminoso opera de acordo com suas próprias regras, capacidades e contexto – e onde as agências estatais são cúmplices ou diretamente envolvidas, o quadro completo pode ser ainda mais difícil de determinar.
Há evidências de que diferentes organizações têm pessoas especializadas em fazer outras desaparecerem. Isso pode significar submeter suas vítimas a campos de trabalhos forçados, assassiná-las e esconder os corpos debaixo da terra ou debaixo d’água, dissolvendo-os em ácido ou cremando-os. Não há limites para as crueldades que podem ser imaginadas.
É raro encontrar uma vítima por meio de reportagens. Os jornalistas podem ajudar principalmente na reconstrução do contexto do desaparecimento, mostrando o padrão criminal do grupo responsável, investigando quem são as vítimas e os criminosos, investigando como os agentes do Estado estiveram envolvidos, avaliando os sucessos – ou fracassos – das investigações oficiais, e possivelmente esclarecendo eventos confusos, como o lugar, motivo e tipo de desaparecimento.
Os jornalistas devem utilizar métodos variados para obter as informações, visto que a imprensa não tem alcance de um gabinete de promotoria, que tem competência para entrevistar os criminosos, entrar nos centros de segurança onde as pessoas estão detidas, escavar possíveis cemitérios em busca de restos mortais, e realizar análises genéticas de restos mortais para identificar a pessoa assassinada.
Fontes
Comece a investigação coletando a maior quantidade de publicações de notícias, artigos, imagens e fontes que possam fornecer um contexto melhor sobre o caso. Ao examinar o material, identifique ângulos, outras fontes e riscos envolvidos na investigação, o que é muito importante.
As seguintes organizações têm especialistas reconhecidos em desaparecimentos:
- A Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICMP) é especializada em examinar casos de pessoas desaparecidas e tem bastante conhecimento na legislação internacional sobre o assunto.
- O Missing Migrants Project (Projeto de Migrantes Desaparecidos) da Organização Internacional para as Migrações (OIM) acompanha incidentes envolvendo migrantes, incluindo refugiados e requerentes de asilo, que morreram ou desapareceram no processo de migração.
- O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) trata de questões de direitos humanos relacionadas a migrantes e vítimas de crimes. Tem uma Comissão de Desaparecimentos Forçados.
- A Amnistia Internacional também analisa casos de desaparecimentos forçados.
- O Grupo de Análise de Dados de Direitos Humanos (HRDAG, na sigla em inglês) foi um colaborador na descoberta de valas comuns no México. Eles usaram dados para examinar os desaparecimentos forçados e publicaram relatórios sobre países específicos.
- Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF). Este grupo argentino aplica técnicas de ciência forense na busca, recuperação e identificação de pessoas desaparecidas.
- O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) analisa os desaparecimentos em todo o mundo.
Antes de conduzir o trabalho de campo, é essencial saber o máximo possível sobre os grupos criminosos que operam na região, bem como o histórico de aplicação da lei local, para detectar prováveis padrões de proteção.
Seja cético em relação a outras reportagens da mídia, porque jornalistas podem ser censurados. Em vez disso, procure fontes que conheçam a dinâmica do crime, faça um mapa das partes interessadas relacionadas, determine em que ordem e em que momento elas serão contatadas e sempre calcule os riscos de segurança para qualquer investigação.
Sempre procure ter contatos na área antes de viajar para o seu local de reportagem, um protocolo de segurança pessoal em caso de emergência, e evite carregar informações que possam comprometer a investigação ou outras fontes.
Faça um plano focado em tentar estabelecer quem foi responsável pelo desaparecimento de uma determinada pessoa ou grupo, e como. Além disso, verifique se a vítima pode estar viva, morta ou detida, se há sepulturas clandestinas ou corpos não identificados e se isso se encaixa no padrão da área.
- Membros da família e pessoas próximas à vítima
A abordagem e as entrevistas devem ser conduzidas com muito respeito, empatia e tato. Na maioria dos casos, os familiares investigaram e têm informações sobre o caso. É importante consultar especialistas sobre como conduzir essas entrevistas sem traumatizar novamente a família ou amigos da vítima.
Os jornalistas devem considerar cuidadosamente como os eventos dolorosos podem afetar as lembranças das pessoas. As memórias podem ser distorcidas pela passagem do tempo, notícias, opiniões de outras pessoas e pelo esquecimento de certos detalhes. Em todos os casos, é importante procurar evidências que apoiem esses testemunhos e evitar forçar uma versão da realidade ao omitir versões contraditórias.
- Testemunhas
Durante a realização do trabalho de campo, descubra quem poderia ter testemunhado o desaparecimento e pergunte sobre os detalhes.
- Sobreviventes
As informações mais valiosas podem vir de pessoas que ficaram em cativeiro com a vítima. O medo pode impedi-los de falar, portanto, em todas as entrevistas os jornalistas devem priorizar a segurança das fontes e evitar a revitimização. Em muitos casos, as pessoas que foram deslocadas à força ou deixaram o país onde foram vitimadas têm mais facilidade de falar.
- Defensores dos direitos humanos, advogados, coletivos, líderes comunitários, clérigos
Famílias que se organizaram em um grupo, devido às semelhanças em seus casos, podem ter informações que se mostrem úteis para encontrar padrões relacionados aos crimes que estão tentando resolver.
- Documentos judiciais
Existem pessoas presas que poderiam ter informações em primeira mão sobre as redes criminosas investigadas? Alguém testemunhou contra o grupo criminoso? Lembre-se de que todas as informações devem ser cruzadas com outras fontes.
- Solicitações de liberdade de informação
Frequentemente, as informações que os repórteres desejam não são públicas, mas existem. Para obtê-las, eles devem usar ferramentas de transparência, como leis de liberdade de informação ou instituições dentro de seus próprios países – ou de outros países – relacionadas aos casos.
- Outras fontes abertas
Procure informações sobre contas de redes sociais pertencentes à pessoa desaparecida. Procure por pistas em suas atividades, contatos e outras ferramentas públicas. É útil organizar as informações em planilhas do Excel.
- Polícia e promotores
Estas são as pessoas responsáveis pela investigação oficial. Tenha cuidado para não publicar quaisquer detalhes que possam comprometer sua investigação, alertar ou ajudar inadvertidamente os criminosos ou colocar ainda mais as vítimas em perigo.
Ao consultar a polícia ou as forças de segurança, evite revelar qualquer informação importante que você tenha sobre o crime ou quaisquer suspeitas que você possa ter de que as autoridades possam estar conspirando com os criminosos.
- Peritos forenses independentes
Eles ajudam a determinar se quaisquer documentos obtidos são verdadeiros e fornecem opiniões sobre assuntos especializados, como a confiabilidade do procedimento do governo para obter evidências genéticas.
Estudos de caso
Como os EUA desencadearam um massacre no México
Este projeto da ProPublica de 2017 conta a história de um massacre relacionado com as drogas em Allende, México, e as dezenas de pessoas consideradas desaparecidas como resultado. Durante várias viagens à área para gerar confiança, os autores falaram com vítimas e testemunhas e coletaram ligações para o 911 (número de emergência) e outros documentos oficiais. A reportagem foi realizada no México e nos Estados Unidos para reconstruir o que aconteceu, contar quantas pessoas desapareceram e suas histórias.
Trabalho Escravo na Indústria Pesqueira
Uma ONG levou jornalistas da AP para uma ilha remota da Indonésia com 2.000 trabalhadores escravos, cujas famílias não sabiam mais de seu paradeiro. Os repórteres entrevistaram e acompanharam as pessoas que voltaram para casa e documentaram túmulos clandestinos, onde os mortos foram enterrados sob nomes falsos. A investigação, que ganhou o Prêmio Pulitzer de 2016, levou as autoridades indonésias a resgatar os trabalhadores escravizados e a deter alguns dos captores.
Desaparecidos: por dentro das buscas arriscadas de famílias para descobrir a verdade
Esta investigação do Globe and Mail de 2020 narrou como nove famílias mexicanas encontraram entes queridos em uma sepultura clandestina nos arredores da cidade portuária mexicana de Veracruz. A equipe digital do jornal criou um modelo 3D do túmulo e o combinou com imagens do terreno e depoimentos de voluntários que o escavaram. Isso ajudou a ilustrar a escala da área.
Dicas e ferramentas
Aja rápido, mas tome precauções
É importante obter informações durante as primeiras horas após um desaparecimento. A vítima pode ter deixado pistas importantes nas redes sociais ou através de mensagens de texto, pode haver testemunhas e imagens de câmeras de segurança de casas ou empresas da vizinhança ou pedestres que conseguiram filmar algo do seu interesse. Lembre-se, se você tiver acesso a câmeras de segurança, terá evidências. Você não é a polícia, portanto, pode copiar a gravação original com seu telefone, mas não deve levar a original com você.
Use tecnologia de geolocalização
Depois de obter a permissão e a cooperação das famílias, você pode tentar verificar se a vítima usou o telefone. Outras ferramentas de geolocalização também podem estar disponíveis. Além disso, você pode ver se a vítima recebeu ligações antes ou depois do desaparecimento. Normalmente, o governo pode obter esse registro como parte da investigação, identificar antenas de telecomunicações nas proximidades e estabelecer um possível raio de localização. E em alguns países, essas informações podem ser disponibilizadas às famílias e, por meio delas, aos jornalistas.
Use o Google Earth, Google Street View e imagens de satélite
Essas ferramentas permitem que os repórteres vejam áreas de difícil acesso ou sob controle de criminosos. Em Juárez, por exemplo, uma imagem do Google Street View de 2009 registrou um grupo de mulheres jovens que, mais tarde, desapareceram do lado de fora de um hotel onde dezenas de outras foram vítimas de tráfico sexual. Drones também podem ser usados, mas você deve avaliar o risco em locais controlados por criminosos.
Verifique a veracidade de documentos e declarações
Mesmo as informações forenses ou governamentais, obtidas por meio de plataformas de transparência ou entrevistas, podem ser falsas. Esteja ciente de que as informações oficiais a que você tem acesso podem ser manipuladas sempre que houver conflito de interesses ou corrupção. Sempre procure especialistas que possam ajudar a analisar e verificar evidências e informações forenses.
“Pesque” informações e espere
Em alguns casos, pode valer a pena publicar algumas descobertas iniciais para atrair novas fontes e “pescar” mais informações. Se for de conhecimento público que uma investigação está em andamento, algumas pessoas podem se sentir motivadas a se manifestar.
Proceda com cuidado quando as supostas vítimas forem encontradas
Não se apresse em tirar conclusões quando o cadáver de uma pessoa desaparecida for encontrado – mesmo se roupas, tatuagens ou documentos pessoais corresponderem. Fornecer essas informações sem confirmação genética ou validação de especialistas prejudicará as famílias e trairá a confiança que elas têm em você.
Segurança digital, física e emocional
Você deve estabelecer protocolos claros para segurança física, psicológica e digital. Saiba como você deve se comunicar com suas fontes e proteja informações confidenciais.
Investigar desaparecimentos pode ser angustiante, frustrante e perigoso. Os casos podem envolver imagens de cadáveres e tortura, além de entrevistas com pessoas traumatizadas. É importante ter uma rede de apoio em que você confie, rotinas de autocuidado e, em casos complexos, frequentar terapia.
Conclusão
Investigar desaparecimentos não é uma tarefa fácil. Por causa da violência e da impunidade generalizada entre os criminosos frequentemente envolvidos, o dever de cada jornalista é pensar nas possíveis consequências que sua publicação pode ter para as pessoas entrevistadas e para as vítimas. Além disso, avalie cuidadosamente quais riscos existem quando as fontes falam com um jornalista, pergunte se as fontes estão dispostas a correr esses riscos e como eles podem ser reduzidos.
Suas prioridades são obter informações valiosas e, ao mesmo tempo, garantir que as vítimas não sejam revitimizadas por seu trabalho. Lembre-se de sempre manter suas fontes, investigações e você mesmo em segurança.