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Illustration: Ann Kiernan for GIJN

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Investigando o Crime Organizado: um novo guia da GIJN

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Ilustração: Ann Kiernan para GIJN Uma marca transnacional de roupas que emprega trabalho escravo em suas fábricas. Uma estátua do século 11 roubada de um templo, traficada para o exterior e vendida a um museu por milhões de dólares. Uma gangue invadindo caixas eletrônicos para roubar dados de cartões de crédito e sacar dinheiro de contas de turistas. Um massacre relacionado ao tráfico de drogas e centenas de pessoas desaparecidas como resultado. Essas são apenas algumas das histórias de crime organizado cobertas nos últimos anos por jornalistas investigativos em todo o mundo. Nosso novo Guia de Investigação do Crime Organizado se junta a mais de 100 guias para jornalistas no Centro de Recursos da GIJN.

As estimativas variam, mas acredita-se que o crime organizado seja um negócio de trilhões de dólares. Um estudo da ONU estimou suas receitas anuais em cerca de 7% das exportações globais de mercadorias. Como um governo paralelo, ele coleta seus próprios impostos e aplica suas próprias leis. Afeta o desenvolvimento econômico, o progresso social, a condição das mulheres e a degradação do meio ambiente. Em muitos países, substituiu a administração civil pela cleptocracia. Nos negócios, tende a favor dos corruptos e violentos.

Os sindicatos do crime de hoje são multinacionais e empreendedores. Eles existem em quase todos os lugares e tiraram proveito da globalização, da tecnologia moderna e da impunidade. A polícia – em grande parte limitada pelas fronteiras nacionais – está sendo passada para trás enquanto os atuais chefes do crime transportam dinheiro, pessoas e itens contrabandeados ao redor do mundo com poucos obstáculos. Frequentemente, cabe aos repórteres investigativos fazer as perguntas difíceis, juntar as peças e dar sentido aos crimes que estão moldando nosso mundo.

Pedimos aos principais repórteres criminais que oferecessem seus conselhos duramente conquistados sobre como lidar com esses temas complexos e perigosos.

Com isso em mente, nós da GIJN temos o prazer de apresentar este Guia de Investigação do Crime Organizado. Pedimos aos principais repórteres criminais (e a uma professora) que dessem conselhos sobre como lidar com esses temas complexos – e perigosos. Escolhemos nove áreas principais: crimes financeiros, narcóticos, comércio de armas, crimes ambientais, desaparecimentos forçados, crimes cibernéticos, estados mafiosos, tráfico de pessoas e de arte e antiguidades.

Nossa lista não é exaustiva. Há muito o que investigar nos mundos das falsificações, pirataria, no mercado negro da pesca, contrabando de tabaco e comércio ilícito, para citar apenas algumas áreas de empreendimentos criminosos. Os grandes sindicatos do crime mundiais – a máfia italiana e a ‘Ndrangheta, a Yakuza do Japão, os cartéis de narcóticos da América Latina, as tríades chinesas, a máfia russa e muito mais – também merecem uma análise mais detalhada. Mas, por enquanto, oferecemos este guia como um ponto de partida para repórteres em todo o mundo. Em cada capítulo, discutimos os principais motivadores e partes envolvidas, fontes básicas para guiá-lo, estudos de caso de várias regiões e dicas e ferramentas sobre como investigar o problema.

Este guia foi possível devido ao inestimável apoio da Global Initiative Against Transnational Organized Crime (GITOC), uma organização da sociedade civil independente com sede em Genebra, dedicada a buscar estratégias e respostas novas e inovadoras ao crime organizado. Foi produzido por Andrea Arzaba da GIJN (gerente de projeto), David Kaplan (diretor executivo), Reed Richardson, Laura Dixon e Tanya Pampalone (editores). Ann Kiernan forneceu as ilustrações. Agradecimentos especiais ao restante da equipe da GIJN, que ajudou nas traduções, produção e muito mais. Para obter mais informações sobre os capítulos individuais e seus autores, consulte o Índice abaixo.

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